A Organização Internacional do Trabalho realizou uma pesquisa com 83 países a respeito do número de mulheres ocupando cargos de liderança. Dos países participantes, apenas 5 alcançaram a igualdade de gênero nesse sentido. Destes, três países se destacam: Jordânia (Ásia), Santa Lúcia (América Central) e Botswana (África).
Segundo a OIT, as regiões com maior participação das mulheres em cargos de liderança são: leste europeu e América Central. Do outro lado, a maioria dos países asiáticos e africanos apresentaram baixa representatividade feminina nas posições de decisão.
As mulheres são a maioria das lideranças nas áreas de recursos humanos, administração, finanças, marketing e relações públicas. Quando se trata de cargos executivos, a representatividade diminui: apenas 30% tem mulheres ocupando essas posições.
E o Brasil?
De acordo com o IBGE (2020), as mulheres representam 45% da força de trabalho no Brasil. No entanto, segundo o Instituto de Governança Corporativa (IGC), apenas 7,2% dos membros dos conselhos são mulheres; em comitês fiscais, o número chega a 9%.
Segundo informações do Ministério da Economia, as mulheres detêm 42,4% das funções de gerência, 13,9% de diretoria e 27,3% de superintendência. Ou seja, quanto mais alto o nível do cargo, menor a presença feminina.
Para Martha Gabriel, profissional de marketing e divulgadora da pesquisa:
“Considerando que as lideranças possuem influência determinante nessa construção de futuros, questão do equilíbrio de distribuição de cargos de liderança entre pessoas de diferentes backgrounds é fundamental para garantir um futuro mais justo para a humanidade, minimizando vieses e ampliando o espectro de visão”
Martha Gabriel
Sinalizando que ainda existe um longo caminho a ser percorrido pela maior participação das mulheres em altos cargos.